Parece estranho mas tanto a batata quanto o tomate são plantas carnívoras. Estes dois vegetais fazem parte de um conjunto de 325 espécies que se alimentam de tecidos animais, mas por não terem capacidade de os digerir, como outras cerca de 650 espécies de plantas carnívoras, têm de esperar que os insetos caiam ao chão e se decomponham para só então absorver seus nutrientes.
Darwin nutria um fascínio pelas plantas carnívoras, tendo chegado a alimentar exemplares durante a preparação do seu livro intitulado “Plantas Insectívoras”.
Recentemente, e no âmbito das comemorações do 200º aniversário do nascimento do “pai” da Teoria da Evolução, um grupo de cientistas do Jardim Botânico de Kew realizou uma pesquisa sobre plantas carnívoras.
Os cientistas chegaram à conclusão que para além das já conhecidas 650 espécies de plantas carnívoras, existem cerca de 325 espécies que só agora foram identificadas como carnívoras, principalmente por causa da ausência das características típicas do grupo.
Entre essas novas adições ao grupo encontram-se vegetais comuns em nosso dia a dia, como o tomate e a batata, bem como plantas ornamentais como o tabaco e as petúnias. No entanto, estas espécies não têm capacidade de capturar e tão pouco digerir as suas vítimas, necessitando que os mesmos caiam no chão para posteriormente absorverem os nutrientes através do seu sistema radicular.