A maior parte do Oxigênio que respiramos é produzido pelas algas nos oceanos, em seguida vem o Oxigênio produzido pelas árvores. Com o crescimento populacional e a degradação dos recursos naturais, entre eles, a poluição de nossas águas, a devastação desenfreada de nossas áreas verdes e a constante liberação de grandes quantidades de gases tóxicos na atmosfera, o equilíbrio entre a produção e o consumo de Oxigênio tem abalado muito a estrutura e a eficiência deste sistema que sempre foi perfeito.
Sem Oxigênio não há vida no planeta e por isso a muito tempo estes efeitos devastadores na produção deste precioso gás tem sido o foco de diversos estudos científicos.
Pensando nisso Julian Melchiorri, um estudante de pós-graduação do Royal College of Art, localizada no Reino Unido, conseguiu criar o que parecia impossível, a primeira folha biologicamente funcional feita pelo homem, capaz de realizar as etapas da fotossíntese (utilizar o dióxido de carbono, água e luz e liberar oxigênio).
Para isso, o estudante usou as proteínas da fibra da seda para desenvolver os cloroplastos, a parte da célula vegetal, onde acontece a fotossíntese. Segundo o pesquisador, a matriz desenvolvida tem uma eficiente propriedade estabilizar esta organela e o resultado é o primeiro material fotossintético vivo, respirando como uma folha de verdade.
A utilização desta folha artificial em larga escala poderia além, da aplicação nas pesquisas espaciais, onde a produção de Oxigênio no espaço poderia deixar de ser nula e abrir novas perspectivas para longas viagens espaciais, ainda se tornar fonte inesgotável para produção de Oxigênio em todo o planeta.
Imagine a possibilidade de 'levar' Oxigênio a outros planetas através destas folhas artificiais biologicamente funcionais.
Mas o projeto ainda possui muitos desafios para se tornar economicamente funcional, questões importantes ainda precisam ser elucidadas, já que, a apresentação do projeto não menciona sobre a produção de açúcar e não se fala em como as moléculas de NADP seriam reduzidas.
Moléculas de NADP necessitam da fase escura da fotossíntese para que isso aconteça e, de acordo com a apresentação, o processo só é ativo na fase clara. A fotossíntese é um processo contínuo e dinâmico entre a fase clara e escura.
Um projeto desta magnitude precisa além dos obstáculos naturais impostos pela natureza, precisa de enormes recursos financeiros e interesse político para sair do papel e se tornar funcional e o mais importante tornar-se propriedade de toda a humanidade, enquanto isso não acontece, vamos cuidando da preservação do nosso planeta.