A Synsepalum dulcificum ou miraculina, é uma frutinha vermelha que foi documentada pela primeira vez em 1725 pelo explorador des Marchais no Oeste da África, tem o tamanho aproximado de uma uva e seu sabor é levemente azedo.
O explorador ficou curioso em saber o por que desta frutinha ser sempre mastigada pelas tribos daquela região, antes das refeições e descobriu que ela 'enganava' a língua, transformando alimentos azedos ou amargos em doce, ela não muda o sabor, apenas neutraliza a acidez e o amargo dos alimentos.
O efeito da miraculina se liga aos receptores da língua fazendo com que, qualquer alimento ingerido seja percebido pelo cérebro como sendo um alimento doce, o efeito é breve, cerca de 30 minutos a 2 horas dependendo de cada pessoa, depois disso é eliminada pela saliva da boca.
Os efeitos desta plantinha foram estudados e deram origem a um suplemento dietético, atualmente comercializado nos Estados Unidos, Reino Unido e Japão e alguns pesquisadores foram além, clonaram o gene da miraculina com intenção de criar frutas e vegetais transgênicos mais agradáveis ao paladar e como a fruta em sí não tem teor de açúcar, procura-se desenvolver adoçantes baseados na fruta, tendo como alvo o público diabético.
Pelo fato da miraculina ser uma proteína ela fica sem efeito diante do calor, portanto, perde sua função se o fruto for cozido, da mesma forma que o sabor dos alimentos quentes não mudam.
Além da miraculina, existem várias outras proteínas com efeito adoçante, como a pentadina, a monelina e a taumatina, mas essas proteínas não afetam o sabor de alimentos azedos.
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